O som é produzido por movimentos vibratórios que provocam alternadamente pressão e rarefacção do ar e propaga-se através do movimento das partículas que o constituem.
A propagação do som no espaço deve-se ao facto de as partículas transmitirem o seu movimento às partículas vizinhas, levando a que a oscilação inicialmente produzida nas cordas vocais ou instrumento musical chegue aos nossos ouvidos. A recepção das ondas de pressão é feita no ouvido pela membrana do tímpano. Eis uma explicação científica do que é, afinal, um dos maiores prazeres da humanidade: ouvir musica.
E no inicio… o rádio
E se há um elemento que se funde de forma perfeita com o som, é a condução. Ora, não é por acaso que é ao volante do automóvel que muitos ouvem as suas músicas preferidas. Nada melhor do que acompanhar uma bela viagem com as musicas de uma vida. Só que, ao contrário do que acontece nas soluções caseiras, o chamado car áudio exige condições muito próprias para que se possa corresponder às expectativas dos condutores.
Uma boa interligação entre o rádio e o sistema de colunas é o princípio básico para uma qualidade sonora desejável. Há que ter, pois, atenção às ligações e, claro, à capacidade de som desejada. A profundidade e poder do subwoofer ou a definição dos tweeters são sempre dados a ter em conta num equilíbrio que tem de ser perfeito, pois é em dois ou três metros quadrados que o som se espalha e se encontra. Por outro lado, nada como adquirir um rádio com uma boa amplificação, pois de pouco lhe valerá um sistema de colunas poderoso quando a fonte é limitada.
Quero com isto dizer que é no rádio que reside a principal importância no que toca à qualidade final.
A vez ao Mp3
Um bom rádio, além de poder de amplificação, deve ter uma elevada sensibilidade na captura de frequências rádio, ter boas ligações e ser de fácil manuseamento (afinal de contas é usado em andamento). Para os mais vaidosos, nada como confirmar se o ecrã, luzes e botões condizem com o interior do veículo.
Por outro lado, numa altura em que o car áudio está a equivaler-se cada vez mais às qualidades exigidas nos sistemas de som caseiros (ao contrario do que antes acontecia, pois bastava um rádio básico e duas pseudo colunas), nada como olhar para as especificações antes de optar.
E nessas especificações deve constar, além do obrigatório leitor de CDs, a possibilidade de ligarmos unidades de leitura USB, cartões de memória e até leitores de Mp3.
Trata-se da crescente importância que este formato tem e a “liberdade de movimentos” que permite a quem não quer andar com caixas de CD perdidas pelo carro. Assim, os rádios de ontem, onde as leituras duplas de CD eram fulcrais, deram lugar a rádios que simplificam as coisas, desde que tenham polivalentes ligações e entradas.
A importância da polivalência
Mas até para aqueles que pouco se interessam por música e que preferem fazer-se acompanhar pela diversidade informativa e de entretenimento que as estações de rádio “debitam”, existem evoluções a registar.
Assim, ao escolher o aparelho verifique se o mesmo vem equipado com RDS (Radio Data System), um importante passo organizativo que nos ajuda a procurar, de forma automática, o estilo de informação que mais nos agrada em determinado momento.
Por exemplo do trânsito. Basta configurar o rádio, via RDS, para dar primazia a informações de trânsito e eis que, quando se inicia um bloco noticioso dessa área, mesmo que numa rádio que não esteja a dar, automaticamente é realizada a busca dessa estação sem termos de mover um dedo. Por outro lado, o RDS permite-nos visualizar, entre outras coisas, a informação relativa ao programa ou música que estamos a ouvir, embora ainda não seja um aspecto a funcionar a cem por cento em Portugal.
E, do presente para o futuro, viremos a conhecer o próximo passo: rádio por satélite, ou DRM após as suas iniciais, Digital Radio Mondiale, que muitos consideram a grande invenção pós rádio FM.
Tratam-se de sinais de rádio codificado digitalmente transmitidos via satélite na faixa das ondas médias (AM). As vantagens prendem-se com a possibilidade de contar com sons límpidos, esteja onde estiver.
Seja por este ou outro motivo, é cada vez mais importante contar com um rádio polivalente.
Não nos podemos esquecer também de ter uma reprodução sonora em condições.
Assim, podemos esquecer aqueles altifalantes que prometem o Paraíso por poucos euros que vimos no outro dia no supermercado.
Devemos ter em conta os 3 tipos de altifalantes usados em car-audio: tweeters ou altifalantes de agudos; woofers ou altifalantes de médios; e finalmente os subwoofers, ou altifalantes de graves e sub-graves.
Para uma conveniente repartição do som pelos diversos altifalantes, usam-se filtros de crossover, e os mais utilizados são os passa-alto (deixam passar apenas as frequências acima de um determinado valor) e os passa-baixo, que deixam passar as frequências abaixo de um determinado valor.
Assim, usamos um filtro passa-alto antes de um tweeter e um passa-baixo antes dum subwoofer.
Para os woofers, podemos utilizar um filtro passa-banda, que deixa passar as frequências dentro de um determinado intervalo.